segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Pontos Cantados

HINO DA UMBANDA

Refletiu a luz divina
Em todo seu esplendor
É do reino de Oxalá
Onde há paz e amor
Luz que refletiu na terra
Luz que refletiu no mar
Luz que veio de aruanda
Para tudo iluminar

A Umbanda é paz e amor
Um mundo cheio de luz
É força que nos dá vida
E a grandeza nos conduz.
Avante, filhos de fé
Como a nossa lei não há
Levando ao mundo inteiro
A bandeira de Oxalá


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FIRMEZA DO TERREIRO

Lá na porteira, eu deixei um sentinela,
Lá na porteira, eu deixei um sentinela,
Eu deixei Seu Tranca Ruas dando conta da cancela.

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Tem morador na serra tem morador
Oi, na serra que o galo canta
Na serra tem morador

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Como é bonito meu pai
Como é bonito
Como é bonito ver a Umbanda combinar
A Umbanda é uma força muito grande
Pai Oxalá é quem vem nos ajudar

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ABERTURA DOS TRABALHOS

Eu abro a nossa gira
Com Deus e Nossa Senhora
Eu abro a nossa gira
Samborê, pemba de Angola.
Abrindo a nossa gira nós pedimos proteção
A Deus Pai Todo Poderoso
E à Mamãe da Conceição.

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Vou abrir minha jurema, vou abrir meu juremá
Com a licença de Mamãe Oxum e o Nosso Pai Oxalá.

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ENCERRAMENTO DOS TRABALHOS

Eu vou pedir a Oxalá
Permissão para os trabalhos encerrar.
Que Deus me ajude
O meu caminho clarear
Que Deus do céu me ajude
E que seus filhos caminhem em paz.

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OXALÁ

Que maravilha
É o nosso Pai Oxalá
Que Deus a própria vida
Para nos salvar.
Senhor do céu, da terra e do mar
Quanta pureza tem meu Pai Oxalá.

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Pombinho branco
Mansageiro de Oxalá
Leva essa mensagem
De todo coração até Jesus
Diga que somos
Soldados de Aruanda
Trabalhando na Umbanda
Carregando a nossa cruz

Oxalá é Rei
Oxalá é Pai
Oxalá é o Rei
Ele é o Rei
Dos Orixás.

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BABALAÔ

Oh Deus vos salve este Congá
Babalaô que hoje vem nos visitar
Babalaô de Orixá
Vem fazer sua visita, vem saudar este Congá
Babalaô de Orixá
O seu nome está escrito na bandeira de Oxalá.

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DEFUMAÇÃO

Ele é rezador
Ele vai defumar
Ele reza seus filhos
E o mal vai levar
Defuma, defuma
Ele vai defumar
Defuma seus filhos
E o mal vai levar

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Meu pai Oxóssi, me dá licença pra defumar.
Defumo, eu defumo essa aldeia real.
Defuma, defuma e vai defumando
Os filhos de Umbanda e seu mal vai levando.

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Nossa Senhora incensou a Jesus Cristo
Jesus Cristo incensou aos filhos seus
Eu incenso, eu incenso esta casa
Na fé de Oxóssi, de Ogum e de Oxalá.
Vou incensando, vou defumando
A casa do Bom Jesus da Lapa.

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Defuma com as ervas da Jurema
Defume com arruda e guiné

Com alecrim e alfazema
Vamos defumar, filhos de fé.
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OGUM

Oi, viva a povo, viva o povo de Aruanda
Povo da Umbanda já mandou lhe chamar

Ogum, venha de lá, venha de lá, venha de lá.

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Ogum venceu demanda até as 5 horas
Depois chegou, chegou, só no romper da aurora.

Ogum de Lei, Ogum de lá
Ogum de Lei, vem saravá.

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Ogum
Corta as ondas do mar
Eu vi sete ondas rolar
Abre a porta, gente, pra Ogum passar
Com sua guarda marinha
Ele vem a saravá
Ogum

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Se meu pai é Ogum, Ogum
Vencedor de demanda
Ele vem de Aruanda pra salvar filhos de Umbanda.

Ogum, Ogum Yara

Salve os campos de batalha
Salve a Sereia do mar
Ogum, Ogum Yara.

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Ogum Beira Mar
O que trouxe do mar

Quando ele vem
Vem beirando a areia
Vem trazendo no braço direito
O rosário da Mamãe Sereia

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Eu tenho 7 espadas
Que me acompanha
Tenho Ogum de Ronda em minha companhia

Ogum é meu guia, Ogum é meu Pai
Ogum é meu guia
Venha com Deus e a Virgem Maria.

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Ogum olha sua bandeira
É branca, é verde, é encarnada

Ogum nos campos de batalha
Ele venceu a guerra
Sem perder soldados.

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Ogum em seu cavalo corre
E a sua espada reluz

Ogum, Ogum Megê
Salva seus filhos
Com a bandeira de Jesus, Ogum Iê!

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Ogum de Lei, meu pai estou lhe chamando
Ogum de Lei, meu pai estou lhe esperando.

Com sua lança e sua espada na mão
Ogum de Lei é vencedor de demanda.

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Bandeira linda de Ogum
Está hasteada no Humaitá

Vem cá, General de Umanda
Ogum vence demanda
Em qualquer lugar

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Por entre matas, por entre mares e terra
Eu entendi o que meu pai quis dizer

Ogum não devia beber
Ogum não devia fumar

A fumação é a nuvem do céu
E a cerveja é a espuma do mar.

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Risquei o chão com a espada de Ogum
Saudei meu Pai na batida do tambor

Ogum Iara, Seu Rompe Mato
Ogum de Lei, na linha de Nagô.

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Em seu cavalo branquinho
Igual uma flor de algodão
Com seu capacete de aço
E sua lança na mão.

Com sua capa e sua espada
Vem nos trazer proteção.

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São Jorge é um grande guerreiro
Guerreiro de Oxalá
É vencedor de demanda
Pros filhos desse Congá.

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Ouvi o toque de clarim da lua
Mas era o toque do maior do dia.

Ogum foi praça de cavalaria
Foi ordenança da Virgem Maria.

Laia, laia...

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Pisa na linha de Umbanda que eu quero ver
Ogum Sete Ondas
Pisa na linha de Umbanda que eu quero ver
Ogum Beira Mar
Pisa na linha de Umbanda que eu quero ver

Ogum Iara, Ogum Megê
Ogum Iara, Ogum Megê

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Ogum venceu a guerra
Ogum é ordenança de Oxalá

Quando Ogum vem de Aruanda
Ele vem pra Umbanda
Pra seus filhos abençoar

Sarava Ogum Megê (Ogum Megê)
Sarava Ogum 7 Ondas
Sarava Ogum Iara
Sarava Seu Beira Mar

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Quem beira rio, beira rio, Beira Mar
O que se ganha de Ogum
Só Ogum pode tirar.

Seu ogum de Ronda
É quem vem girar
E vem trazendo folhas
Pra descarregar

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Tem pena de mim (Ogum)
Tem pena de mim
Vencedor de demanda
Tem pena de mim

Ogum, Ogum iê
Capitão de Umbanda tem pena de mim.

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OXÓSSI

Aqui nessa aldeia
Tem um caboclo que ele é real
Ele não mora longe
Mora aqui mesmo nesse canzuá

Venha caboclo pisar na aldeia
Mostra que sangue corre na veia

A vestimenta do caboclo é samambaia

Venha caboclo não se atrapalha
Saia do meio da samambaia

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Estava na beira do rio, sem poder atravessar
Chamei pelo caboclo, caboclo Tupinambá

Tupinambá chamei, chamei, tornei chamar êa

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Caboclo não tem caminho pra caminhar

Caminha por cima da folha por baixo da folha em todo lugar

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Foi numa tarde serena
No sertão da Jurema
Onde os caboclos moram

Quiô, quiô, quiô, quiera
Suas matas estavam em festa
Saravá (nome do caboclo ou cabocla)
Que ele é rei da floresta

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Subida de caboclo:

A sua terra é longe, eles vão embora
E vão beirando o rio azul

Adeus, Umbanda, os caboclos vão embora
E vão beirando o rio azul.


Mas a subida de caboclo faz chorar
Faz chorar, faz soluçar
Faz chorar


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CRIANÇA

Abre a porta, Pedro, que lá vem Jesus
Ele vem cansado com o peso da cruz
De porta em porta, de rua em rua,
Salvando a todoas as almas sem culpa nenhuma.

Andorinha que voa, voa andorinha

Traga do céu todas criancinhas.

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Papai me mande um balão
Com todas as crianças que têm lá no céu

Tem doce, Papai
Tem doce lá no jardim.

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Fui no jardim colher as rosas
A vovozinha deu-me as rosas mais formosas.

Cosme e Damião, oi Doum, Crispim e Crispiniano
São os filhos de Ogum.

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Eu quero doce
Eu quero bala
Eu quero mel pra passar na sua cara.

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Lá no céu tem três estrelas
Todas três têm carreirinha
Uma é Cosme e Damião
A outra é Mariazinha.

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Mariazinha da beira da praia,
Como é que sacode a saia?
É assim, é assim, é assim
É assim que sacode a saia.

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Ele é pequenininho
Mora no fundo do mar
Sua madrinha é sereia
Seu padrinho é Beira Mar.

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XANGÔ

Xangô meu pai, deixa essa pedreira aí

A Umbanda está lhe chamando

Deixa essa pedreira aí.

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Quem rola pedra na pedreira é Xangô.
Quem rola pedra na pedreira é Xangô.

Sim, brilha a coroa de Zambi.

Sim, brilha a coroa de Zambi é Xangô.

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Lá de trás daquela serra
Tem uma linda cachoeira

Que é de meu Pai Xangô
Que arrebentou sete pedreiras

Kaô, kaô, salve as pedreiras de Xangô, kaô!

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Machadinha de cabo de ouro
É de ouro, é de ouro

Machadinha de cabo de ouro
É machadinha de Xangô.

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Xangô morreu com a idade
Morreu sentado em uma pedra
Morreu escrevendo a justiça

Que deve paga, quem merece recebe

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Ele vem de Aruanda
Ele vem trabalhar
Ele vence demanda
Ele é (nome do caboclo)

Kaô, kaô

A justiça chegou, Xangô.

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Xangô, ele é rei da pedreira
Rei da pedreira, ele é o rei de Umbanda

Xangô, ele é nosso Pai
E filhos de Xangô
“Bambeia” mas não cai.

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Seu machado é de ouro, é de ouro

Machadinha que corta mironga
É machadinha de Xangô

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Dizem que Xangô mora na pedreira...
Mas não é lá sua morada verdadeira.

Xangô mora numa cidade de luz
Onde mora Santa Bárbara, Oxumaré e Jesus!

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Subida de Xangô

Caboclo vai para as moradas de Xangô

Agradece seu terreiro que o caboclo trabalhou.

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PRETO-VELHO

(Ijexá)
Canta galo bateu asas
Na hora que Jesus nasceu

Quem vem nessa caridade meus irmãos
São os pretos filhos de Deus.

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Oi corre gira, oi corre gira
Negro velho vem trabalhar.

Oi corre gira, oi corre gira
Negro velho quem vai chegar.

Povo de Cambinda
Quando vem pra trabalhar

Todo povo vem por terra
Cambinda vem pelo mar.

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Preciso trabalhar, minha marafa acabou
Vou trabalhar pra sum cê porque sou trabalhador.

Eu vou trabalhar, você vai ganhar
Muitos pontos, meu filho
Que nego velho vai lhe dar.

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Preto Velho está cansado de tanto trabalhar
Preto Velho está cansado de tanto curumbá.

Risca pemba, afirma ponto que é longa a caminhada
Quem tem fé tem tudo, quem não tem fé, não tem nada.

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Cambinda mamãe, iê
Cambinda mamãe, iá

Segura essa gira que eu quero ver
Filhos de Umbanda que não tem querer.

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(Congo)
Preto Velho de Angola, bambaruê
Que chegou agora, bambaruê
Com a mão na pemba, bambaruê
Contando a história, bambaruê.

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Estava na beira da praia
Lá no céu deu clarão
A ordem era de Aruanda livrando o preto da escravidão.

Foi de Oxalá a ordem suprema
Iemanjá foi quem mandou
Meu pai Xangô escreveu na pedreira, ecoou
Pai Ogum cumpriu a ordem
Pai Oxóssi confirmou
Hoje eu tenho alegria
Preto Velho hoje é doutor.

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Desde o tempo do cativeiro a magia imperou
Os negros vieram da África com sofrimento e dor

E chegando a Bahia, Bahia de São Salvador, ô, ô, ô
Os negros pediam aos Deuses para amenizar a sua dor
Nas noites de lua cheia eles cantavam com fervor.

Orerê, orerê, kaô meu pai Orerê.

E nas noites de magia, pretos velhos festejavam
Ao grande mestre Oxalá e a rainha Iemanjá
No batuque do lamento a noite inteira sem cessar.
Os negros pediam aos Deuses cantando para não chorar.

Orerê, orerê, kaô meu pai, orerê.

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Bate tambor, lá na Angola bate tambor

Bate tambor, Pai (nome do preto velho)

Olha aí que só bate tambor lá na Angola, bate tambor.

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Olá, meu São Benedito
O nosso dia chegou
Vamos festejar com bom gosto
Bem preparado com flor
É filho de Nossa Senhora, ê, ê, ê
É filho de Nosso Senhor.

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Subida de Preto Velho

Lá vai preto velho subindo pro céu
E Nossa Senhora cobrindo com seu véu.


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OXUM

Eu vi Mamãe Oxum na cachoeira
Sentada na beira do rio
Colhendo lírio, lírio lê
Colhendo lírio, lírio lá
Colhendo lírio pra enfeitar nosso Congá.

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IEMANJÁ

Iemanjá no mar, é pra mirrerê
Iemanjá no mar nas calungas é pra mirrerê
Traz pente, traz espelho, ô, ô, ô, ô
Pra ela se enfeitar, ô, ô, ô, ô
Traz flores, traz perfumes pra enfeitar o mar.

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Quem não conhece o canto de Iemanjá
Faz até o pescador chorar
Quem escuta a mão d’água cantar
Vai com ela pro fundo do mar.

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Mãe d’água mandou avisar
Que tire a jangada do mar
E hoje não pode pescar
Porque vai ter festa no mar

Ê, ê, ê, ê, ê, ê, ê Iemanjá
Ela é, ela é a rainha do Mar.

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Eram duas ventarolas pelo mar a navegar
Uma era Iansã, ah.. Epahei
Outra era Iemanjá ... a doce iaba.

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Eu vi as moças
Na beira d’água
Solte os cabelos, Janaína e caia n’água

Janaína, Janaína eu quero me banhar
Janaína, Janaína, nas ondas do mar

Quando a maré vai enchendo
Ela vem na flor da água
É Janaína princesinha encantada.

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Eu sou filho de Iabá
Iabá é a minha mãe
Ó rainha do tesouro, iô doce, iaba, no fundo do mar
Iô, doce iaba, no fundo do mar.

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MARINHEIRO

Eu não sou daqui , marinheiro só
Eu não tenho amor , marinheiro só
Eu sou da Bahia , marinheiro só
De São Salvador , marinheiro só
Oh marinheiro , marinheiro , marinheiro só
Quem te ensinou a navegar , marinheiro só
Foi o tombo do navio , marinheiro só
Foi o balanço do mar , marinheiro só
Lá vem , lá vem , marinheiro só
Como ele vem faceiro , marinheiro só
Todo de branco , marinheiro só
Com seu bonezinho , marinheiro só.

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Seu marinheiro é hora , é hora
É hora de viajar
É chuva , é sol , é mar , é vento
Seu marinheiro olha o balanço do mar

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BAIANOS

Bahia, o África, venha nos ajudar

Força baiana, força africana, força divina vem cá, vem cá

Na Bahia tem, eu vou mandar buscar
Lampião de gás pra essa casa clarear

Lá na Bahia ninguém pode com os Baianos

Quebra coco, arrebenta sapucaia, vamos todos saravá
Quanto mais se quebra coco mais tem coco pra quebrar

Coquinho, coquinho baiano, coquinho lá da Bahia
Coquinho só é baiano por nossa senhora da guia.

(nome do baiano chefe) é de catimbó

Trago meus inimigos amarrados em cipó
Vamos, baianada, pisar no carimbó
Trago meus inimigos amarrados no cipó.

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Quando eu vim da Bahia
Estrada eu não via

Cada encruza que eu passava
Uma vela eu acendia.

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Baiano que vem da Bahia
Vem beirando a beira-mar
Põe a canga no sereno
Oi, deixa a canga serenar.

Auê, baiano, baiano que balanceia
Auê, baiano, da serra da Mantiqueira

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Eu vim lá da Bahia
Eu vim pra trabalhar
Quem não pode com mandinga
Não carrega patuá
Agora que eu quero ver
Agora que eu vou mostrar
Quando um coqueiro balança
É um baiano a trabalhar.

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Se ele é baiano agora que eu quero ver
Dançar catira no azeite de dendê

Eu quer ver o baiano da Aruanda
Trabalhando na Umbanda pra Quimbanda não vencer.

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Oi, na Bahia corre água sem chover

Nós somos todos baianos, agora que eu quero ver.

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Na Bahia tem coco, nesse coco tem dendê.

Me ensina como é que se como esse coco
Esse coco é bom de comer.

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Baiano é povo bom,
Povo trabalhador.

Quem mexe com baiano,
Mexe com Nosso Senhor.

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Um baiano, um coco
Dois baianos, dois cocos
Três baianos, uma cocada
Quatro baianos, uma baianada.

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Ó meu Senhor do Bonfim
Valei-me São Salvador
Vamos saravá esse terreiro
Que o povo da Bahia chegou.

Cadê a sua pemba
Cadê a sua guia
Sua terra é muito longe, seu congá é na Bahia.

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Estrela D’Alva, estrela matutina
Ó luz divina, venha nos salvar

Meu Jesus Cristo venha nos salvar
Vou salvar (nome do baiano) na falange de Oxalá.

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Despedida de baiano

Quando o coco cai
O coqueiro chora
Oi, minha gente, que os baianos vão se embora.

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PONTOS DE EXU

O sino da igrejinha faz belém, blem, blom

Deu meia noite o galo já contou
Seu Tranca Rua que é dono da gira
Oi, corre gira que Ogum mandou.

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Exu é de querer, querer
Na hora grande é que eu quero ver

Até o romper da aurora
Seu Sete Porteiras
É quem manda agora

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Balance a figueira
Balance a figueira
Balance a figueira quero ver Exu cair

Cadê seu Tranca Ruas que eu não vejo ele aqui

(refrão)

Cadê Sete Porteiras que eu não vejo ele aqui

(refrão)

Exu Tortinho.... Sete Caveiras... A Dona Isolda... Maria Padilha

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Deu meia-noite
A luz se escondeu
Lá na encruzilhada
Dando a sua gargalhada
Tranca Rua apareceu

É Laroiê, é laroiê, é laroiê
É Mojibá, é mojiba, é mojibá

Ele é odara dando a sua gargalhada
Quem tem fé em Tranca Rua
É só pedir que ele dá.

É Laroiê, é laroiê, é laroiê
É Mojibá, é mojiba, é mojibá

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Seu Tranca Rua me cubra com sua capa
Me cubra com sua capa
Quem com sua capa escapa, quem com sua capa escapa.

A sua capa, ela é feita de verdade
Ele envolve todo mundo
Só não envolve a falsidade.

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É boa noite,
A hora é esta
Seu Tranca Rua já chegou
Agora é festa

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Seu Tranca Rua
Morador da encruzilhada
Seu Tranca Rua
Morador da encruzilhada

Toma conta e presta conta
No romper da madrugada
Toma conta e presta conta
No romper da madrugada.

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Nas sete encruzilhadas
Tem um rei que mora lá
Seu Tranca Rua me deu boa noite
Começou a trabalhar

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Sete chaves em uma mesa
Um só homem acentado
Vida pro rei da encruza
Seu Tranca foi coroado.

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Boa noite lua cheia
Lua nova do meu lado
Tranca Rua quem chegou
Vai comandar o seu reinado.

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Seu Tranca Rua
É uma beleza
Eu nunca vi
Exu bom assim.

Seu Tranca Rua
É uma beleza
Ele é madeira
Que não dá cupim.

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Eu só quero ver
Quando o dia clarear
Tranca Rua na encruza
Só pra me ajudar.

Eu só quero ver
Quando o dia clarear
Tranca Rua curiando
Só pra me ajudar.

Eu só quero ver
Quando o dia clarear
Tranca Rua trabalhando
Só pra me ajudar.


Ai, como é triste
A gente amar alguém
E esse alguém
Não amar ninguém.

Eu adoro o sol
Eu adoro a lua
Na encruzilhada
Eu adoro Tranca Rua

Ai, como é triste
A gente amar alguém
E esse alguém
Não amar ninguém.

Eu adoro o sol
Eu adoro a lua
Na encruzilhada
Eu adoro Tranca Rua.

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Tanto sangue derramado
(ô luar)
Em cima do frio chão
(ô luar)

Ô luar, ô luar
(ô luar)
Ele é o dono da rua
(ô luar)
Quem cometeu as suas falhas
(ô luar)
Peça perdão a Tranca Rua.

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Seu Tranca Rua
O seu bode deu um berro
Seu Tranca Rua
O seu bode deu um berro

Arrebentou cerca de arame
Estourou portão de ferro
Arrebentou cerca de arame
Estourou portão de ferro

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A sua casa
Não tem parede
Não tem janela
Não tem nada

A sua casa
Não tem parede
Não tem janela
Não tem nada

Aonde é, aonde é
Que Exu mora
Exu mora
Na encruzilhada

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O garfo de Exu é firme,
A capa de Exu me rodeia

Já passou na encruzilhada
Vagou pela madrugada
Exu não bambeia.

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Sete argolas de pontas em cima da mesa
Sete velas acesas na encruzilhada

Seu Tranca Rua é
Seu Tranca Rua é
É o rei da encruzilhada.

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Naquela encruzilhada tem uma rei
E esse rei é Seu Tranca Rua
Na outra encruzilhada tem um outro rei
Que é seu Lúcifer e a rainha Pomba Gira.

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Naquela catacumba tem mistério
Quem mora lá, rainha do cemitério.

Cabelos loiros, olhos azuis
Ela é a Pomba Gira
Filha do Seu Omulu.

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Pomba Gira ganhou uma champagne
Levou na igreja pro padre benzer
Saiu dizendo pra todo mundo
Na batina do padre tem dendê

Tem dendê, tem dendecor
Saiu dizendo pra todo mundo
Na batina do padre tem dendê.

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Rosa Vermelha
Cigarrilha de prata
Rosa Vermelha
Ela é Pomba Gira da estrada

Rosa Vermelha é Pomba Gira
Rosa Vermelha é Lúcifer
Rosa Vermelha, ela é Exu Mulher

Rosa vermelha

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Vinha caminhando na encruza
Quando a banda me chamou

Exu na encruza é rei
No terreiro ele é doutor.

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Quando deu meia-noite o malvado chegou
De bengala e de cartola dizendo que era doutor

Mas ele é Exu, Exu curador
Mas ele é Exu, Exu curador.

2 comentários:

Unknown disse...

simpatizo muito com a umbanda,em especial o marinheiro das sete ondas...

Unknown disse...

Parabéns. Muito style esse blogspot. Mas, seria aiiiiiiiiiiinda melhor se postasse arquivos sonoros tb. abraços.